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Rinoplastia

Por que essa cirurgia suscita tanta curiosidade?


A rinoplastia é uma das cirurgias mais desafiadoras para o cirurgião plástico. Envolve ciência, arte, destreza, precisão, detalhismo, perfeccionismo neurótico... E vai alterar uma estrutura que se encontra no centro da face, onde pequenas modificações resultarão em um conjunto e harmonia faciais bem diferentes.


Dentro da rinoplastia temos inúmeras possibilidades: afinar e projetar a ponta, diminuir o dorso nasal, diminuir a largura do dorso, diminuir as asas nasais, correção do desvio de septo. Quando falamos na cirurgia de nariz, temos um termo bastante generalizado, atualmente existem 2 filosofias de trabalho, a rinoplastia redutora e a rinoplastia estruturada.


A redutora é a técnica mais antiga e ainda muito comum, com relatos das primeiras cirurgias no final do século 19. Nela, os ligamentos entre as cartilagens são interrompidos e o nariz é sempre diminuído e remodelado, através da remoção de parte das cartilagens e dos ossos.


Na estruturada, técnica moderna desenvolvida nos Estados Unidos na década de 90, esses procedimentos previamente descritos também podem ser feitos e, além disso, podemos fortalecer os ligamentos e cartilagens, com pontos de fixação e enxertos de outras cartilagens (orelha, septo, costela retirados do próprio paciente), reestruturando o nariz.


Existem alguns fatores que influenciam no formato final do nariz que independem do cirurgião e do ato cirúrgico em si, como o processo de cicatrização que pode ser mais ou menos intenso, a força do fluxo de ar pelo nariz e o próprio envelhecimento que enfraquece as cartilagens e as estruturas nasais.


Tendo isso em vista, a técnica redutora pode fragilizar o nariz e a longo prazo podem haver perda de resultado e deformações nasais. A rinoplastia estruturada foi desenvolvida pensando nisso, fortalecendo o esqueleto nasal os resultados são consistentes e duradouros e, por isso, é considerada a melhor técnica para a maioria dos casos.


Há também a diferenciação em endorrinoplastia (fechada) e exorrinoplastia (aberta). Na 1ª as incisões se situam apenas dentro das narinas e é mais indicada quando são necessárias poucas alterações.


As vantagens da endorrinoplastia são:


  • Procedimento mais rápido

  • Recuperação pós-operatória mais rápida

  • Ausência de cicatriz na base do nariz


Na técnica aberta, onde a pele do nariz é levantada, existe também uma pequena cicatriz na columela (área entre as narinas), além das internas dentro das narinas. Na aberta temos um campo de visão formidável, onde suturas podem ser posicionadas milimetricamente e correções podem ser feitas com o máximo de precisão, resultando em resultados mais consistentes.


A rinoplastia estruturada está bastante associada à técnica aberta, apesar de poder ser feita também pela técnica fechada em alguns casos.


Mas o que é melhor? A aberta ou a fechada? Geralmente se usa a fechada para pequenas correções, como uma giba nasal pequena por exemplo, onde se faz apenas a raspagem. No restante, aplica-se a aberta, que em avaliações de vários estudos mostrou maior porcentagem de satisfação dos pacientes com o resultado final, resultado mais duradouro e menor porcentagem de reparos.


A presença da cicatriz externa na técnica aberta, apontada como principal desvantagem, em vias de fato, não é importante. A cicatriz resultante fica tão imperceptível que muitas vezes mesmo o próprio cirurgião precisa olhar com atenção para localizá-la depois de 1 a 2 anos de cirurgia.

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